terça-feira, agosto 27, 2013

Obrigada.


Obrigada por me fazeres desistir, por me fazeres compreender que não vale a pena esperar, que não vale a pena acreditar, que toda a esperança foi em vão pois o caminho é sempre o mesmo e no destino espera-me sempre o mesmo… dor.
Obrigada pelo desrespeito, pela estupidez, pelas atitudes cretinas e pelas mágoas causadas. Obrigada pelo tempo perdido, pelo carinho desperdiçado, pela amizade lograda, pelo amor falhado.
Obrigada pela desmoralização, pela desconfiança, pela incerteza e pela vida solitária a que vetaste.

Hoje reconheço que desisti. E começo a tentar viver com isso.



PS: esta é dedicada a TODOS aqueles, não a um só. Porque um oceano é feito de várias (muitas) gotas.

quarta-feira, janeiro 04, 2012

Entardecer na Praia

Memórias…

Claro que me lembro daquele dia na praia. Ainda não consegui apagar o calor do sol no meu corpo, o toque da areia nas minhas costas, a tua pele na minha, o sabor a sal… O teu desassossego pelas pessoas que passavam e eu indolente nos teus braços. Se fechar os olhos sinto os meus dedos a correr as tuas costas, as tuas mãos a deslizar nas minhas pernas, o meu ventre roçando-te e os teus lábios a tocar os meus. Oiço as ondas a rebentar na areia, cheiro a mar à nossa volta e provo-te num entardecer quente de outono.

…de outra pessoa.

terça-feira, dezembro 06, 2011

Cartas para anónimos imerecidos

Tenho saudades do verão e da praia…mas o tempo passa, as estações mudam e a vida continua. Tal como o verão, partiste sem dizer nada e desapareceste. As saudades ficaram para quem as sentiu no amargo sabor da ausência mas vão-se diluindo com a chegada do inverno. O verão foi quente e preenchido mas fugaz e esquivo, sem vontade de ficar para me aquecer no frio, sem uma palavra para dizer adeus nem um carinho para relembrar. Não ficou saudoso porque a tristeza que deixou para trás não foi merecida.

A felicidade não é um destino, é um caminho. E sabe sempre melhor acompanhada.

domingo, novembro 13, 2011

Hang on little tomato


It’s based on an advertisement for Hunt’s ketchup from an October 16th 1964 issue of Life magazine. There’s this little green tomato clinging to the vine and the narrator says “Hang on little tomato. Stay on the vine until you’re fat and juicy. Then we’ll pluck you and boil you and secret bump in spices, turn you into ketchup and if you’re lucky some smart hamburger may then team up with you”. So this is a song of hope.

The sun has left and forgotten me

Its dark, I cannot see

Why does this rain pour down

I’m gonna drown

In a sea

Of deep confusion

Somebody told me, I don’t know who

Whenever you are sad and blue

And you’re feeling all alone and left behind

Just look inside you and you’ll find

You gotta hold on, hold on through the night

Hang on, things will be all right

Even when it’s dark

And not a bit of sparkling

Sing-song sunshine from above

Spreading rays of sunny love

Just hang on, hang on to the vine

Stay on, soon you’ll be divine

If you start to cry, look up to the sky

Something’s coming up ahead

To turn your tears to dew instead

And so I hold on to this advice

When change is hard and not so nice

You listen to your heart the whole night through

Your sunny someday will come one day soon to you



quinta-feira, outubro 27, 2011

andanças...


Tenho o coração cansado destas andanças, de se dar sem receber, de gostar sem haver querer. Tenho a alma descrente e o corpo ardente da chama por consumir. Tenho os pés doridos da caminhada por um trilho percorrido de volta, por quem achou que havia destino. Tenho os olhos tristes e o sorriso escondido, os braços em baixo e o passo lento.
Mas a cabeça erguida e a olhar para a frente, porque só vejo esse caminho.

domingo, outubro 23, 2011

Existem alturas em que a "vida" decide testar a minha perseverança em manter um sorriso na cara. Eu sou teimosa... mas assim tanto?



sábado, outubro 22, 2011

de começos e de fins

"We're so hopeful at the beginning of things. It seems like there's only a world to be gained... not lost."

terça-feira, outubro 11, 2011

...abandono!

Este local encontra-se AO ABANDONO!!!

Contudo, a esperança é a última a morrer e com o "tempo livre" que aí se avizinha, quem sabe não decido reabrir o estaminé...who knows?!

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quarta-feira, dezembro 29, 2010

Página de um diário

São 11h da noite quando chego a casa. Deixei a luz da sala acesa, como habitualmente faço quando sei que vou chegar de noite. Porque está escuro. E vazio. Dá uma ilusão de conforto.

Um temporal desaba quando estaciono e, apesar da espera no carro, desisto que a chuva amaine e enfrento uma molha-relâmpago para entrar em casa. A chave dá luta e a porta ainda mais, ou não estivesse a chover copiosamente e eu debaixo da chuva! Entro em casa encharcada e tiritante de frio, contente por ter deixado o aquecedor ligado e a rir. Não tenho ninguém que ria comigo. A chuva fria sabe bem. Mas ninguém a saboreia comigo. Encolho os ombros e começo a despir a roupa molhada enquanto a penduro nas cadeiras perto do aquecedor. Visto o “pijama”, calço as pantufas velhas e vou à cozinha procurar comida que conforte o estômago. “Queres uma torradinha?” penso. “Sim amor!” era a resposta. Sorrio novamente. Nada diz “amo-te” tão bem como uma torrada! Dizia… Decido-me pelos cereais. Volto para a sala e sento-me no tapete fofo de lã a comer. Uma qualquer série passa no canal 2, mas serve para fazer barulho. Porque está silencioso. E vazio. Dá uma ilusão de conforto.

A chuva lá fora continua a cair com força, o vento ruge violentamente, acompanhado pelo mar. Vou para o quarto, abro os lençóis vazios e entro na cama. Fria. Volto a sair, pego no saco de água quente e vou à cozinha aquecer água. Quando volto à cama, o calor da água quente ilude-me os pés gélidos. O mar lá fora embala-me. Sorrio mais uma vez. Porque está solitário. E vazio. Dá uma ilusão de conforto.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Disappointment


Como saber quando desistir? Quando já chega? Quando aceitar... que não se pode mudar o mundo. Que se age de acordo com uma consciência que é apenas nossa e que a nossa visão do mundo não é igual a tantas outras. Talvez nem por isso mais acertada. Apenas diferente.
Sou assolada por uma tristeza... a de não conseguir compreender, de não conseguir ser melhor, não conseguir apenas sorrir... e deixar de me entristecer. Porque o desapontamento anda conosco a par e passo e já havia tempo de me habituar à sua presença.
Faz parte da estrada.