domingo, setembro 24, 2006

Olhos,
vale tê-los se,
de quando em quando,
somos cegos,
e o que vemos não é o que olhamos,
mas o que o nosso olhar semeia no mais denso escuro.

Vida,
vale vivê-la se,
de quando em quando,
morremos,
e o que vivemos não é o que a vida nos dá,
nem o que dela colhemos,
mas o que semeamos em pleno deserto.

Poema de Luzmina Rodrigues

5 comentários:

Ana disse...

Mmm...vale mesmo a pena abrir os olhos à vida?...

Ana disse...

Acho que prefiro mante-los fechados. Posso apanhar um susto qd os abrir.

Anónimo disse...

a mente permite que os olhos vejam mas os olhos nem sempre vem aquilo que a mente deseja perceber!

Somos nós que nos cegamos mesmo que o nosso mais profundo Eu nos diga, bem baixinho, algo que não desejamos ver ou ouvir!

É o curso da vida!

Smile e think positiv... porque passar a vida a olhar p tras para o que não se viu e tentar ver o que se desejou ter visto faz com que perdamos, na maioria das vezes, aquilo que os nossos olhos, no presente, veem e oportunidades fabulosas de sermos felizes passam por nós tudo porque simplesmente, a nossa mente deseja ver aquilo que já não dá para ver.
Tornam-se cega e evitando a mente de absorver a plenitude do presente para se poder esboçar um sorriso bem maior que no passado, no futuro!

Beijoka feijoka Tomatita!

Anónimo disse...

Esse poema foi escrito por Mia Couto, e não por Luzmina Rodrigues...

Little Tomato disse...

Caro Anónimo, Luzmina Rodrigues é a personagem do livro de Mia Couto que, na estória, é dada como autora do poema. Claro está que o autor é o escritor, na realidade da vida e não na fição do livro...