Um corte costumava fazer sair sangue. Arrancava a pele e expunha a carne viva a sangrar. A doer. Fazia chorar.
E depois sarava. Deixava uma cicatriz… para lembrar, para derramar uma lágrima. Mas para aprender.
Hoje, um corte não me fez sangrar. Arrancou a pele e expôs mais pele. Dói, mas não sangra. Deixa cair lágrimas.
A cicatriz não se vai ver… vai-se esconder nas camadas de pele que vão crescendo para cobrir todos os cortes, todas as cicatrizes, todas as lágrimas.
Já não sangro. Só me arranho. A minha pele parece couraça… se calhar aprendi demais.
Mas aprendi-te a ti também…
escrevi-te antes, porque já sabia…sei sempre…
4 comentários:
As cicatrizes custam a sarar, mas têm uma grande vantagem: Tornam a pele mais difícil de cortar!
Beijo grandesco, boa semana académica pra lavar a alma!
Mana, o raio da vida é feita de camadas de pele que se vão sobrepondo umas às outras e de cicatrizes que se vão coleccionando.
O mundo continuará a girar, as tuas lágrimas continuarão salgadas. E o coração vai sarar.
Mas, da próxima, não te deixes ir outra vez. Senão, espanco-te. :-p
Como já disse o "outro senhor" : "Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... ".
Mas não esquecer, que todo o castelo vem acompanhado da respectiva muralha, que serve para nos defender. Atenta só a duas coisas, a altura a que a ergues e as entradas "secretas" que deixas lá ficar.
Beijo...GRANDE!!!!
Nunca se aprende demais, amiga. Acredita! E um dia, essas feridas acabam por sarar também... levam é mais tempo que as físicas.
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