Guardar uma porta é trabalho difícil. Não difícil de árduo, ou trabalhoso, ou até complicado; difícil de tédio. Eles entram, eles saem, eles passam… mas não ficam. Uma porta é local de passagem. Não há permanência, e a única estabilidade é a da porta, que está ali para ser guardada.
Mas então…porquê guardar a porta? Se quem entra também sai, se não existe nenhum tesouro por detrás, se não há segredo lá dentro? À primeira vista, para os habituais, a porta permite passar para um pequeno espaço já familiar. Para os desconhecidos, uma penumbra acolhedora.
Mas quem guarda a porta não deixa passar todos. “Podes argumentar o que quiseres, que tenho a sensibilidade de um rinoceronte!” Um rinoceronte friorento, gozão, que cuida do seu pomar. “Nevar? Querem-me queimar as laranjas!”. Lá dentro, para ele, algo tem de ser protegido. Um eixo. Vários pontos unidos por um intuito comum, rodeados por uma pequena plateia cuidadosamente escolhida. Clandestino mas pouco secreto, este eixo alimenta um veneno muito pouco mortal, que nutre as almas que o partilham. Mais que uma porta, guarda uma segunda família.
P.S.: foi um bocado em cima do joelho, mas fiz a minha parte do acordo!
sábado, janeiro 24, 2009
Porque os rinocerontes também choram
rascunhado by Little Tomato at 19:53
outras que tais cá do fundo...do dedo do pé
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4 comentários:
bem, imagina se tivesse sido em cima do pé!!
mmm, que familia será essa...mmmm...e o rinozinho, mmmm, não tou a ver quem é...mmmm...
:D
Familia da qual farás sempre parte, até quando não houver mais portas para guardar.
Beijo BB Grande
E então, não cumprem a vossa parte do acordo?????? vá láaaaaaa,até eu já tou com curiosidadeeeee! looool
Hummm... eu sei o que é isso. Já passei uns bons meses a guardar uma porta... não é pêra doce ao contrário do que se pensa...
Beijinhos!
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